Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia completa 64 anos

Publicado dia 27/02/2018

Há 11 anos o IBICT lançou o primeiro site informativo sobre ACV, que tinha por objetivo a disseminação da metodologia no Brasil e no exterior

O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), do qual o projeto de Avaliação do Ciclo de Vida faz parte, completa, nesta terça-feira (27/02), 64 anos de existência, com a missão de promover a competência, o desenvolvimento de recursos e a infraestrutura de informação em ciência e tecnologia para a produção, socialização e integração do conhecimento científico-tecnológico. Foi por meio de proposta conjunta do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da FGV que nasceu o Ibict em 27 de fevereiro de 1954, por meio de Decreto do presidente da República, sendo na ocasião denominado Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD), que passou a integrar a estrutura organizacional do CNPq.

A transformação do IBBD em Ibict, em 1976, teve como objetivo preencher uma lacuna do Sistema Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico quanto à necessidade de fornecimento de informações em ciência e tecnologia. A ênfase era desenvolver uma rede de informação no país, envolvendo entidades atuantes em C&T, adotando-se para tanto um modelo de sistema de informação descentralizado.

Ao longo de sua história, que começa no início da década de 50, quando a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sugere à Fundação Getúlio Vargas (FGV) que promova a criação de um centro nacional de bibliografia no país atuando no campo da ciência da informação, que o Ibict vem realizando pesquisas, formando mestres e doutores, oferecendo serviços especializados e executando projetos em parceria com universidades, instituições de pesquisa, organizações nacionais e internacionais, públicas e privadas.

O trabalho do Ibict hoje reflete o cumprimento da missão do instituto, que se fundamenta em quatro grandes pilares: a preservação da memória do patrimônio científico e tecnológico brasileiro; a criação de condições para o aumento da produção científica e sua visibilidade em nível nacional e internacional; a promoção do acesso amplo e livre à informação científica e tecnológica; e a inserção de cidadãos na sociedade da informação.

A partir desses quatro pilares, o Ibict oferece uma série de produtos e serviços à sociedade, desde a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD); o Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas (SBRT); o CanalCiência, projeto de divulgação científica e popularização da ciência; a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) e seus principais produtos, como o Banco Nacional de Inventários de Ciclo de Vida (SICV Brasil); o apoio à criação de repositórios digitais; o estabelecimento do Centro Brasileiro do ISSN, no qual é o único membro no Brasil responsável pela atribuição do código ISSN; o Programa de Comutação Bibliográfica, dentre tanto outros produtos e serviços do instituto.

No início dos anos 2000, o Ibict foi identificado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), como a instituição que possuía competência e ferramentas para a organização e disseminação de informação sobre ICVs, e iniciou os estudos sobre a temática.

Em 2007 o Ibict lançou o primeiro site informativo sobre ACV, que tinha por objetivo a disseminação da metodologia no Brasil e no exterior e, assim, ajudar na conscientização da indústria brasileira sobre a importância da ACV para a melhoria da competitividade de produtos e serviços.

O projeto “Inventário do Ciclo de Vida para a Competitividade Ambiental da Indústria Brasileira”, criado pelo MCTIC e a Finep, e coordenado pelo Ibict em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), iniciou o desenvolvimento e a implantação do Banco Nacional de Inventários do Ciclo de Vida (SICV Brasil).

Desde então, o projeto de ACV no Ibict está em permanente adaptação às necessidades de seus usuários, contribuindo para a disseminação da informação tecnológica em ACV e tornando-se um instrumento de excelência no apoio à sustentabilidade ambiental no Brasil.

No Rio de Janeiro, o Ibict mantém o programa de pós-doutoramento, que desenvolve projetos supervisionados por pesquisadores do instituto em temáticas que atendam à demanda institucional. Para tanto, conta com um núcleo consolidado e reconhecido de pesquisadores-doutores, bolsistas de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Também possui programas de mestrado, doutorado e pós-graduação em ciência da informação, além do Laboratório Interdisciplinar sobre Informação e Conhecimento (Liinc), coordenado pelo Ibict em parceria com a UFRJ, e o Laboratório de Pesquisa em Comunicação Científica, encarregado de desenvolver o tesauro da ciência da informação.

O Ibict ao longo dos seus 64 anos de existência vem acompanhando e internalizando as novas tecnologias de informação e comunicação e estimulando o empreendedorismo e a inovação, agregando e integrando iniciativas de informação científica e tecnológica para o país.

Com informações do Núcleo de Comunicação Social do Ibict