Publicado dia 11/10/2019
O valor anual de lixo eletrônico global é superior a 62,5 bilhões de dólares, o que equivale a mais do que o PIB de muitos países
Cerca de 120 milhões de toneladas de lixo eletrônico serão produzidas por ano até 2050, segundo relatório da Plataforma para Aceleração da Economia Circular (PACE) e da Coalizão das Nações Unidas sobre Lixo Eletrônico, divulgado no início do ano 2019. Os dados alertam para a importância do Dia Mundial do Lixo Eletrônico, que ocorre domingo (13/10).
Conforme o relatório, o valor anual de lixo eletrônico global é superior a 62,5 bilhões de dólares, o que equivale a mais do que o PIB de muitos países. O relatório alerta ainda que menos de 20% do lixo eletrônico é reciclado formalmente. Os demais 80% seguem para aterros ou são informalmente reciclados.
De acordo com o relatório, além de impactos à saúde e poluição, a gestão imprópria de lixo eletrônico está resultando em uma perda significativa de materiais brutos escassos e valiosos, como ouro, platina, cobalto e elementos terrestres raros. Até 7% do ouro do mundo podem estar atualmente em lixo eletrônico, com 100 vezes mais ouro em uma tonelada de lixo eletrônico do que em uma tonelada de minério de ouro.
Se, por um lado, os números crescem assustadoramente, por outro, há iniciativas como a da Green Eletron, que espalhou 65 pontos de coleta pelo estado de São Paulo, desde o final de 2017, e já recolheu cerca de 185 toneladas de lixo eletrônico.
A iniciativa sem fins lucrativos para receber aparelhos descartados pelos consumidores foi fundada em 2016 pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Assim, as empresas começaram a atender o previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos, legislação que entrou em vigor em 2010.
Entre os pontos estipulados pela lei está a obrigação da cadeia produtiva e de comercialização de produtos eletroeletrônicos, entre outros setores, de estabelecer um sistema de logística reversa. Ou seja, as empresas se tornaram responsáveis por garantir que o lixo gerado por seus produtos tenha um destino adequado.
Fonte: Com informações da Agência Brasil e Nações Unidas
Foto: Emerson Ferraz/GPE/SECOM