Banco Nacional de Inventários do Ciclo de Vida proporcionará aumento da competitividade industrial brasileira

Publicado dia 23/03/2016

O objetivo do evento Diálogos Setoriais foi integrar a comunidade de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) brasileira com seus parceiros, além de apresentar as conquistas alcançadas pelo Programa Brasileiro de ACV. Realizado em parceria com a União Europeia e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o evento fez parte da Semana Internacional de Avaliação do Ciclo de Vida.

O objetivo do evento Diálogos Setoriais, que aconteceu no auditório do Inmetro, nesta quinta-feira (17), em Brasília, foi integrar a comunidade de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) brasileira com seus parceiros, além de apresentar as conquistas alcançadas pelo Programa Brasileiro de ACV. Realizado em parceria com a União Europeia e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o evento fez parte da Semana Internacional de Avaliação do Ciclo de Vida, ação promovida pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), que aconteceu de 13 a 17 de março, com uma série de reuniões, fóruns e discussões sobre a temática ACV.

Os Diálogos Setoriais, por constituírem instrumento privilegiado de cooperação e política externa utilizado pela União Europeia e pelo Brasil nas discussões de temas estratégicos, foi realizado no intuito de reforçar os princípios de reciprocidade, complementariedade e interesse mútuo, explicou Tiago Braga, coordenador do programa de ACV do Ibict. O encontro contou com representantes de mais de 20 países.

Segundo Tiago Braga, o Diálogos Setoriais é um projeto importante, do qual o Ibict faz parte já há três anos, e que foi fundamental para a construção do Banco Nacional de Inventários do Ciclo de Vida (SICV Brasil), tanto do ponto de vista metodológico, como tecnológico e político. O SICV Brasil, conforme ele, é um importante instrumento para a gestão da informação científica e tecnológica no país.

“Do ponto de vista tecnológico, nós tivemos um grande avanço com os peritos contratados. Eles foram fundamentais para o lançamento do banco nesta semana. Do ponto de vista metodológico, conseguimos avançar em discussões que permitissem a gestão do banco. Nós temos três peritos trabalhando conosco, sendo um alemão, um italiano e um brasileiro”, contou Braga.

Diogo Aparecido Lopes da Silva, estudante de doutorado em Engenharia de Produção da Universidade de São Paulo (USP) e um dos peritos contratados para a elaboração do Banco Nacional de Inventário do Ciclo de Vida (SICV Brasil), falou que o projeto apresentado faz partedo Diálogos Setoriais Brasil/União Europeia.

“Nós focamos em analisar as documentações dos Bancos de Dados Internacionais que existem sobre as políticas de gestão, manutenção e uso dos Bancos de Dados mundiais de Ciclo de Vida do Produto. A partir dessa análise pudemos fazer recomendações para o caso do contexto brasileiro. Ou seja, da política de gestão, manutenção e uso do SICV Brasil. Tivemos que analisar o background já existente nas políticas internacionais e ver como isso poderia ser utilizado no contexto brasileiro. Esse foi o objetivo do nosso trabalho. O projeto ainda passará por uma revisão e será concluído em abril de 2016, tendo sido elaborado em cerca de seis meses de duração”, salientou Silva.

Com relação aos benefícios do Banco Nacional de Inventários do Ciclo de Vida (SICV Brasil), Diogo Silva explicou que o principal é o aumento da competitividade industrial brasileira, pois é fundamental pensar hoje em desenvolvimento sustentável, tendo produtos ambientalmente mais adequados e melhores.

“O uso do SICV Brasil auxilia nisso. O Banco de Dados será utilizado pelas empresas que querem obter rotulagem ambiental, participar de compras e licitações verdes. Ou seja, isso será incluído dentro das políticas públicas brasileiras como uma ferramenta de suporte, além de ajudar a melhorar a competitividade nacional e industrial, visando exportações dos produtos para mercados mais conscientes”, enfatizou Silva.

Cecília Leite, diretora do Ibict, disse que o evento foi extremamente positivo. Ela ressaltou que o SiCV Brasil foi elaborado para que toda a sociedade brasileira se beneficie dele e o utilize como uma ferramenta de gestão ambiental dos produtos.

“Nós precisamos do apoio e da contribuição de todos. Isso faz parte de um projeto global, de uma rede global de ACV. Estamos todos juntos nessa ideia, inclusive aqueles parceiros estrangeiros, de outras localidades do mundo, que não puderem estar presentes no Fórum. A ideia é que o SICV Brasil e a revista Lalca sejam um ponto de integração, pelo menos da nossa região da América Latina, para que a gente se fortaleça como comunidade de ACV e que possamos contribuir cada vez mais para essa temática”, finalizou.

Daniela Cunha
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Data da Notícia: 18/03/2016 14:35